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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Assassinando o Português

Certo dia o gerente de vendas de uma empresa de peças industriais recebeu um fax de um vendedor novo:
"Seo Gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa . Abrasso, Nirso"
Uma hora depois chega outro fax:
"Seo Gomis, os relatorio di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que mandá treiz miu pessa. Amanha to xegando. Abrasso, Nirso"
E no dia seguinte:
"Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha. Abrasso, Nirso"
Algumas horas mais tarde:
"Seo Gomis, Brazilha fexo 20 miu. Vo pra Frolinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora. Abrasso, Nirso".
E assim foi o mês inteiro. Muito preocupado com a imagem da empresa o gerente levou todas as mensagens que recebeu do vendedor ao presidente.
— Pode deixar que eu tomarei as providências devidas! — disse o presidente ao gerente.
Uma semana depois tinha um aviso no mural da empresa com todas as mensagens do novo vendedor anexadas e uma frase escrita a mão:
"A partí de oje nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos com eças frescura di iscrevê serto i maiz in vendê! Acinado: O Prizidenti"

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